A historia se inicia
com a vinda de JOÃO LUIZ
MIGUEIS, português, nascido
na Província
do Minho, Distrito de Viana do Castelo, Conselho de Caminha, Aldeia Seixas do Minho {02 Kilometros de Caminha},veio
para o Brasil, mais precisamente para Corumbá juntamente com {quatro}
irmãos:: Manuel, Joaquim,
Serafim José e Albano e
uma irmã Silvina,
Sendo que Manoel e Albano posteriormente foram para Santo
Antonio de Leverger. Serafim não teve filho, Outro irmão de João Luiz Migueis de nome Simples ficou em Seixas.
Casou-se 3 vezes,
sendo o primeiro em Portugal, cujo fruto desse matrimonio
ALVARO JOÃO LUIZ MIGUEIS, português de nascença, que veio para
Corumbá aos15 anos de idade. Do segundo casamento vieram JOSÉ MIGUEIS {JUCA} e MANITA.
No terceiro casou-se com JULIETA GONÇALVES que anexou em seu nome de casada o
sobrenome MIGUEIS,
com quem teve os filhos CARMEM,
MARIA, DIRCE, DALVA, DOMINGOS, JOÃO, VITAL, JURANDIR, JOAQUIM {caçula}, não precisamente em ordem cronológica
de idade.
O José Migueis {Juca}, na década de 1930 era 1º tenente do
Exercito Brasileiro. Estava de serviço como Oficial de Dia, quando resolveu se
barbear com uma navalha. Ao termino, não havendo nenhuma loção após barba, nem
álcool, simplesmente lavou o rosto. Infelizmente a navalha estava mal
estirilizada e o mesmo foi acometido pelo tétano que o levou a óbito; o mesmo
acontecendo com a vovó Julieta que, após furar o pé em um prego
enferrujado não deu a devida importância, contraindo o tétano indo a óbito.
Tio João, na década de 1970, esteve aqui em
Cuiabá, na casa de papai e contou a ele {papai}, se arrepiando todo, a seguinte
história: Um espírita {vidente} famoso na época foi a Corumbá e no aeroporto
manifestou a vontade de ir ao Cemitério
Santa Cruz, pois queria visitar e mostrar a sepultura do fundador da
Maçonaria em
Mato Grosso, na outra encarnação. Lá chegando foi direto ao
tumulo de vovo João Luiz
Migueis.
Com o passar do tempo, tio Vital se separou dos demais e tio João verificou que sua fisionomia ia se
transformando. Fez menção de se dirigir a ele quando o espírita, o segurando
pelos braços, disse: Não vá não João,
deixe-o. e tio João: Mas, não está vendo que ele não está
bem? E o espírita: Não João,
ele está bem sim; Ele está simplesmente assistindo o seu próprio enterro.
Tio João respeitou, só que depois indagou o tio Vital e após insistir, ouviu do tio Vital: Vou embora em
tal ano e tal mês. O dia e a hora guardo para mim. Só digo que morrerei
dormindo e não será em Corumbá, serei enterrado em um caixão de vidro e que meu
enterro será concorrido e inédito em Corumbá.
Dito e feito. Ele morreu no Rio de
Janeiro, dormindo, foi enterrado num caixão lacrado, onde só se via o seu corpo
através do vidro encrustrado na tampa do caixão, houve uma multidão enorme no
seu velório/enterro e inédito, pois o avião que transportava seus restos
mortais atrasou e ele foi enterrado basicamente à noite, coisa então nunca
acontecido no Cemitério Santa
Cruz.
Tio Vital, quando foi Delegado de Polícia em
Corumbá só andava de metralhadora INA {Industria Nacional de Armas} de
fabricação nacional, cujo nome era VIUVA
NEGRA.
Antigamente as viúvas
se vestiam de preto em sinal de luto e a arma era da cor preta.
Meses antes dele falecer foi ao médico que
o proibiu de comer basicamente de tudo {o que ele gostava} se ele
quisesse viver. Ele perguntou ao médico se fazendo isso quantos anos de vida
teria e o médico respondeu que 2, 5, 10 anos. E se não respeitar o recomendado,
quanto? No máximo 6 meses.
Pois eu digo que
prefiro viver 6 meses do que vegetar por anos.
Sabe como ele enganava tia
Vanda {sua esposa}?
O pasteleiro chegava com o
seu balaio de pastel, tio Vital se empanturrava de pastel {para ele
veneno puro}, chegava em casa e fazia o seu regime{?} religiosamente. Com a pança
cheia é fácil, não?
Resultado: Não durou 6
meses, mas aproveitou. Viajou, comeu do bom e do melhor. Só que era uma bomba
de nitroglicerina ambulante, até que explodiu e ele se foi.
Tio Serafim estava em sua mesa de trabalho na empresa
e quando soube que a Navegação
Migueis havia pedido
concordata sofreu um ataque cardíaco fulminante. Isso na década de 50.
Domingos Gonçalves
Migueis, no dia 1º de
abril de 1989, já no seu leito da morte, recebeu a visita do seu médico em sua
residência que, após examiná-lo e na saída de casa, solicitou a presença dos
filhos e disse aos presentes: “Aproveitem para despedir do pai de vocês. Ele já
está em estado derradeiro, podendo ir a qualquer momento. Só tem uma coisa que
não consigo explicar; no estágio que a doença se encontra, ele era para estar
tomando doses cavalares de morfina e não; está tomando simplesmente 30 gotas de
Baralgin POR PRECAUÇÃO. Apontou o dedo polegar para cima e completou: Só ELE lá em cima para explicar. Eu não. Três
dias após papai veio a falecer de câncer no intestino, sendo que o médico
disse: Orem para ele ir logo senão... ele irá defecar pela boca, o que seria um
triste fim para um homem como o Seu Domingos. Deus dele se apiedou e o levou. Sofreu uma
parada Cardio-Respiratória às 6:00 horas da manhã do dia 04 de abril de 1989,
respeitando o pavor dele que era falecer durante a noite.
Autor: Domingos Gonçalves Migueis Junior