quinta-feira, 20 de novembro de 2014

sábado, 15 de novembro de 2014

Casarão da Família Migueis

Casarão da família Migueis, séde da agência da Navegação Migueis

Por :Domingos Junior

Homenagem a Família Miguéis


Para matar um pouco a saudade  do querido vô João Miguéis. 



História da Familia Miguéis por Domingos Junior


     A historia se inicia com a vinda de JOÃO LUIZ MIGUEIS, português, nascido
na Província do Minho, Distrito de Viana do Castelo, Conselho de Caminha, Aldeia Seixas do Minho {02 Kilometros de  Caminha},veio para o Brasil, mais precisamente para Corumbá juntamente com  {quatro} irmãos:: Manuel, Joaquim, Serafim José e Albano e uma irmã Silvina, Sendo que Manoel e Albano posteriormente foram para Santo Antonio de Leverger. Serafim não teve filho, Outro irmão de João Luiz Migueis de nome Simples ficou em Seixas.
     Casou-se 3 vezes, sendo o primeiro em Portugal, cujo fruto desse matrimonio
ALVARO JOÃO LUIZ MIGUEIS, português de nascença, que veio para Corumbá aos15 anos de idade. Do segundo casamento vieram JOSÉ MIGUEIS {JUCA} e MANITA.
No terceiro casou-se com JULIETA GONÇALVES que anexou em seu nome de casada o sobrenome MIGUEIS, com quem teve os filhos CARMEM, MARIA, DIRCE, DALVA, DOMINGOS, JOÃO, VITAL, JURANDIR, JOAQUIM {caçula}, não precisamente em ordem cronológica de idade.
    O José Migueis {Juca}, na década de 1930 era 1º tenente do Exercito Brasileiro. Estava de serviço como Oficial de Dia, quando resolveu se barbear com uma navalha. Ao termino, não havendo nenhuma loção após barba, nem álcool, simplesmente lavou o rosto. Infelizmente a navalha estava mal estirilizada e o mesmo foi acometido pelo tétano que o levou a óbito; o mesmo acontecendo com a vovó Julieta que, após furar o pé em um prego enferrujado não deu a devida importância, contraindo o tétano indo a óbito.
    Tio João, na década de 1970, esteve aqui em Cuiabá, na casa de papai e contou a ele {papai}, se arrepiando todo, a seguinte história: Um espírita {vidente} famoso na época foi a Corumbá e no aeroporto manifestou a vontade de ir ao Cemitério Santa Cruz, pois queria visitar e mostrar a sepultura do fundador da Maçonaria em Mato Grosso, na outra encarnação. Lá chegando foi direto ao tumulo de vovo João Luiz Migueis.
Com o passar do tempo, tio Vital se separou dos demais e tio João verificou que sua fisionomia ia se transformando. Fez menção de se dirigir a ele quando o espírita, o segurando pelos braços, disse: Não vá não João, deixe-o. e tio João: Mas, não está vendo que ele não está bem? E o espírita: Não João, ele está bem sim; Ele está simplesmente assistindo o seu próprio enterro.
     Tio João respeitou, só que depois indagou o tio Vital e após insistir, ouviu do tio Vital: Vou embora em tal ano e tal mês. O dia e a hora guardo para mim. Só digo que morrerei dormindo e não será em Corumbá, serei enterrado em um caixão de vidro e que meu enterro será concorrido e inédito em Corumbá.

Dito e feito. Ele morreu no Rio de Janeiro, dormindo, foi enterrado num caixão lacrado, onde só se via o seu corpo através do vidro encrustrado na tampa do caixão, houve uma multidão enorme no seu velório/enterro e inédito, pois o avião que transportava seus restos mortais atrasou e ele foi enterrado basicamente à noite, coisa então nunca acontecido no Cemitério Santa Cruz.
    Tio Vital, quando foi Delegado de Polícia em Corumbá só andava de metralhadora INA {Industria Nacional de Armas} de fabricação nacional, cujo nome era VIUVA NEGRA.
     Antigamente as viúvas se vestiam de preto em sinal de luto e a arma era da cor preta.
Meses antes dele falecer foi ao médico que o proibiu  de comer basicamente de tudo {o que ele gostava} se ele quisesse viver. Ele perguntou ao médico se fazendo isso quantos anos de vida teria e o médico respondeu que 2, 5, 10 anos. E se não respeitar o recomendado, quanto? No máximo 6 meses.
     Pois eu digo que prefiro viver 6 meses do que vegetar por anos.
    Sabe como ele enganava tia Vanda {sua esposa}?
   O pasteleiro chegava com o seu balaio de pastel, tio Vital se empanturrava de pastel {para ele veneno puro}, chegava em casa e fazia o seu regime{?} religiosamente. Com a pança cheia é fácil, não?
    Resultado: Não durou 6 meses, mas aproveitou. Viajou, comeu do bom e do melhor. Só que era uma bomba de nitroglicerina ambulante, até que explodiu e ele se foi.
    Tio Serafim estava em sua mesa de trabalho na empresa e quando soube que a Navegação Migueis havia pedido concordata sofreu um ataque cardíaco fulminante. Isso na década de 50.
     Domingos Gonçalves Migueis, no dia 1º de abril de 1989, já no seu leito da morte, recebeu a visita do seu médico em sua residência que, após examiná-lo e na saída de casa, solicitou a presença dos filhos e disse aos presentes: “Aproveitem para despedir do pai de vocês. Ele já está em estado derradeiro, podendo ir a qualquer momento. Só tem uma coisa que não consigo explicar; no estágio que a doença se encontra, ele era para estar tomando doses cavalares de morfina e não; está tomando simplesmente 30 gotas de Baralgin POR PRECAUÇÃO. Apontou o dedo polegar para cima e completou: Só ELE lá em cima para explicar. Eu não. Três dias após papai veio a falecer de câncer no intestino, sendo que o médico disse: Orem para ele ir logo senão... ele irá defecar pela boca, o que seria um triste fim para um homem como o Seu Domingos. Deus dele se apiedou e o levou. Sofreu uma parada Cardio-Respiratória às 6:00 horas da manhã do dia 04 de abril de 1989, respeitando o pavor dele que era falecer durante a noite.



Autor: Domingos Gonçalves Migueis Junior

3,2,1... Começando!

Olá família!
Este blog tem como objetivo manter as lembranças da família e conhecer um pouco da nossa história.
Com a grande participação do  DOMINGOS GONÇALVES MIGUEIS JUNIOR, dou início ao nosso blog.

Que todos sejam bem-vindos
Taci Miguéis