Em novembro de 1942, voltava eu, de férias e vinha pensando como seria a minha vida em Corumbá, pois a minha querida mãe, falecia em março deste ano.
Já não tinha meu doce lar, não tinha mais aquela que sempre me recebia com os braços abertos
comemorando a minha volta.
Fui morar com a mana Maria, casada com Gregório Curvo e lá
me senti muito bem.
Lá já estavam morando Dalva, Jurandir e Joaquim, meus irmãos
menores.
Voltamos ao dia de
minha chegada, numa quarta-feira, às 10:30h e juntos vínhamos: o meu sobrinho
Rubens Faro e o colega João Esteves de
Lacerda.
Naquele tempo o navio Fernandes Vieira ancorava quase no
meio do rio. De lá para cá vínhamos de chalana e quando descemos na praia, vi
um grupo de alunas do Colégio Imaculada Conceição, lideradas por Ana Lacerda
que vinha receber o seu irmão João Lacerda.
Entre as jovens, vi Marília, que estava toda bonita e alegre em seu uniforme branco.
Trocamos uns olhares que foram o inicio do nosso namoro, que
veio a se confirmar no carnaval de 1943, nessa época, tínhamos 18 anos e neste
mesmo anos noivamos e em 27de abril de
1944 casamos. Criamos 10 filhos, 28 netos e 13 bisnetos.
No dia 27 de abril de
2002 estávamos completando 58 anos de feliz união.
Montamos um lar, que é um reino das nossas almas, onde
nossos corações buscam a benção da paz e a alegria de viver, é um templo cujo
altar vivo, o Senhor nos situa o espírito para o aprendizado humano.
É ou não é a proteção
divina em nos conseguir que passássemos
as nossas juventudes juntos, quando os filhos (todos sadios e vivos) netos e
bisnetos e estamos envelhecendo juntos até que a morte nos separe.
OBRIGADO MEU DEUS! OBRIGADO MEU DEUS!
E MAIS UMA VEZ: OBRIGADO MEU DEUS!
João Miguéis
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