quinta-feira, 12 de março de 2015

Causos #2

Antigamente, em Cuiabá não podia ventar que a energia ia embora. Então reuníamos na sala e meus pais contavam histórias de parentes. Esta aconteceu com meu tio/padrinho Serafim Migueis:Vinha ele de uma festa altas horas da noite, quando no caminho encontrou uma linda moça que perguntou a ele se podia acompanha-la até a sua casa. Ele muito prestativo, ainda mais que era uma linda jovem, de pronto aceitou, deu-lhe o braço e começou a caminhar. Depois de andarem um bom bocado, eis que a jovem pára bruscamente e diz: "Obrigada pela companhia. É aqui que eu moro." Solta o seu braço e entra atravessando o portão de ferro que se encontrava em ermeticamente fechado. Só então se dá conta que se encontrava na porta de entrada do Cemitério do Porto e que a jovem era nada menos que uma alma penada. Queria correr mas seus pés estavam como que colados no chão. Quando conseguiu, saiu desembestado até ao casarão dos Migueis que existia na XV de Novembro. Esmurrou a porta até que papai a abrisse, entrou e caiu desmaiado no corredor da casa, branco que nem cal. Depois de umas duas horas conseguiu contar o ocorrido. Para se ter uma idéia do quanto ele correu, a distancia é equivalente à da casa de Tia Marilia ao Cemitério Santa Cruz, numa velocidade alucinante.


Enviado por Domingos Junior

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